Post Malone Processado por Circles
O rapper Post Malone foi processado por um antigo colaborador que reclama a co-autoria de “Circles“, o êxito de 2009, e afirma que não lhe foi dado crédito ou royalties sobre o tema.
Tyler Armes, o queixoso, é songwriter, produtor musical, multi-instrumentista e parte da banda de rock canadiana, Down With Webster. No processo, Tyler afirma que fez uma jam session no estúdio com Malone em Agosto de 2018 a convite do manager deste, Dre London.
Esta alegada sessão que se prolongou pela noite dentro envolveu Post Malone, Tyler Armes e o produtor Frank Dukes, na qual quando Malone descobriu que Tyler tocava diversos instrumentos terá desafiado os presentes a fazer uma música nova. Deste esforço colaborativo terá, segundo o processo, resultado “Circles”. Alegadamente, Tyler terá co-escrito os acordes, bassline e melodia da guitarra do que se viria a tornar no êxito de 2009.
Depois disto, e de todos serem unânimes no entusiasmo com o resultado final ainda em estúdio, quando a música se estreou no Instagram e depois num espectáculo em Nova Iorque, a disputa pela co-autoria começou.
Sem qualquer acordo de co-produção assinado, como é boa prática, Tyler Armes contactou Dre London, o manager de Malone, reiterando o seu envolvimento na criação de “Circles” e a sua co-autoria.
Segundo o processo, Malone concordou inicialmente que Armes tinha contribuído para a criação de “Circles” e ofereceu-lhe 5% do tema, mas o songwriter negou por considerar que era uma percentagem demasiado pequena para a contribuição que deu.
Alegadamente, a equipa de Post Malone recusou o crédito e uma percentagem maior e terá afirmado que caso Tyler não aceitasse os 5% não teria direito nem a crédito nem a royalties. Isto apesar de Post Malone reconhecer que Tyler Armes participou, de facto, na criação do tema.
O processo, interposto na Califórnia, tem como objectivo reconhecer Armes como co-autor de “Circles” e assegurar-lhe uma percentagem justa no direito de autor e royalties. A equipa de Post Malone ainda não respondeu ao processo.
Acima de tudo, esta situação é apenas mais uma que deriva do desconhecimento das regras do jogo e de assegurar que os direitos dos criadores estão assegurados em todas as fases do processo, como ilustrado nesta crónica.
“Circles” conta com mais de 200 milhões de streams no YouTube e mais de 800 milhões no Spotify.