Alunos PRODJ – Maria Goretti Coelho
Qualquer pessoa pode ser DJ, desde que seja apaixonada por música. Nesse sentido, temos vindo a recolher histórias de alunos ProDJ. Esta é a da Maria, contada na primeira pessoa e que podes ver também em vídeo, numa versão abreviada.
Sempre quis ser livre e fazer muitas coisas diferentes. Esteve sempre fora de questão ter uma atividade profissional que não fosse uma extensão de mim.
Nasci em África, pormenor que me marcou para sempre.
Deixei-me embalar por vozes negras, ao adormecer, e maravilhei-me a vê-los dançar ao ritmo dos batuques. A música veio ter comigo desde muito cedo, fiel companheira, curandeira, inspiração diária.
Assisti a uma guerra sangrenta e, por essa razão e muitas outras, o meu olhar sobre as pessoas e sobre o mundo em geral ganhou destaque. Cresci a tentar entender os paradoxos humanos, incluindo os meus, acreditando inocentemente que seria possível, um dia, encontrar o antídoto para o sofrimento.
Pela forma como passava os meus dias, tudo indicava que me formaria em dança, mas cresci no Porto, onde só havia dança clássica, o que não era propriamente o que eu queria. Entretanto, estudei piano no Conservatório e a dança ficou por minha conta, sempre descalça, a inventar e a recordar os movimentos tribais da minha infância. Foi bom assim. Fui obrigada a sentir tudo o que dançava, sendo a forma dos meus movimentos pura consequência. Mal eu sabia que aquelas seriam as raízes do Dançar com o Coração.
Acredito que nada acontece por acaso e, em vésperas de decidir o curso, não hesitei em escolher Psicologia. As correntes terapêuticas cognitivistas não me convenceram. O corpo é o veículo dos nossos afetos, encerra todas as emoções e é nele que estão todos os potenciais. Tudo se percebe no olhar, nos movimentos e na voz. Eu queria especializar-me num modelo terapêutico que me permitisse ajudar as pessoas a libertar-se de padrões auto-limitantes, a desenvolver a sua criatividade e a recuperar a corporalidade espontânea. A linguagem verbal, por si só, é redutora.
Ficou para sempre registada, na minha memória, a alegria de viver africana e o contacto caloroso das suas gentes!
Mais uma vez, o Porto não tinha nada para me oferecer no que se referia aos meus sonhos. Rumei a Lisboa onde fiz uma especialização clínica de cinco anos, no modelo psicocorporal da Análise Bioenergética. Uma verdadeira descida ao fundo da alma. Paralelamente, fiz muitas formações em dança, começando a antever o caldo criativo em que se iria tornar a minha abordagem terapêutica.
Tive um único emprego na minha vida, dos 25 aos 27 anos. Optei por ser trabalhadora independente. Dediquei-me fielmente à psicoterapia e fiz formação e consultoria em várias multinacionais e empresas portuguesas. As instituições e o mundo empresarial nunca me fascinaram. Encontrei sempre fortes resistências à transformação. Assim que pude viver só da psicoterapia, comprei um espaço bonito, com uma sala ampla, onde comecei a desenvolver um método terapêutico que integrava a análise bioenergética com todas as linguagens criativas que fizeram parte da minha vida.
Em 2015 nasceu o Dançar com o Coração, método de ensino-aprendizagem da dança, criado por mim e pela Ana Beatriz Degues, bailarina contemporânea. Trata-se de um método que integra a bioenergética com a dança contemporânea, os meus dois amores.
A escolha musical é muito importante neste trabalho. Comecei a sentir necessidade de misturar sons e de criar a minha própria música. Resolvi procurar uma escola de Produção Musical. Encontrei a PRODJ através da pesquisa no Google. Impôs-se sempre. Aceitei o convite da visita virtual. Li tudo com muita atenção e percebi que se tratava de uma Escola credível e moderna. Gostei da resposta pronta e profissional ao meu e-mail, do primeiro contacto e da auto-estima das pessoas que me receberam e da mente aberta! Muito importante para mim, esta característica! Confiei que ali encontraria qualidade. Fui aconselhada a começar o curso de DJ. Apaixonei-me por esta arte, apesar das minhas dificuldades com a tecnologia. Agradeço ao Hélder e ao José o encorajamento. Espero que, atravessados os obstáculos tecnológicos, eu possa tocar e vibrar no máximo da alegria!
Acredito que o passo seguinte seja a produção musical e, sobretudo, cada vez mais diversão e leveza na minha vida.
Maria Goretti Coelho
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